tag:blogger.com,1999:blog-77653539901619543912024-03-05T19:43:33.959-08:00Garagem das Palavrasestaciono aqui as minhas ficções pra ver se elas germinam: poesia, conto, microconto, tudo pode dar florDiego Rebouçashttp://www.blogger.com/profile/17984348912465427666noreply@blogger.comBlogger9125tag:blogger.com,1999:blog-7765353990161954391.post-72223852802509673942011-06-25T08:11:00.000-07:002011-06-25T08:22:13.590-07:00Acidez<div style="text-align: justify; font-family: verdana;" id="msg_100000115926772_137053542" class="fbChatMessage fsm" jsid="message">E foi quando eu perguntei se lady Melbourne queria chá e ela disse que sim, e eu perguntei se com limão e ela ficou me olhando, olhando, até que ela disse, sabe o que ela disse? que com limão nunca, ataca a acidez de seu estômago, e ficou me olhando como se eu devesse saber disso desde sempre e é por isso que hoje eu não gosto de lady Melbourne, muito embora eu sim sim eu gosto de chá sim obrigado com açúcar, isso, não não limão não, ataca a acidez do - sim, exatamente isso, só o açúcar, isso, assim está bom, obrigado.</div>Diego Rebouçashttp://www.blogger.com/profile/17984348912465427666noreply@blogger.com3tag:blogger.com,1999:blog-7765353990161954391.post-64793266838386543722011-06-03T17:08:00.000-07:002011-06-03T17:15:46.429-07:00A arquitetura do vagalume<div style="text-align: justify;"><a onblur="try {parent.deselectBloggerImageGracefully();} catch(e) {}" href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgjhTADa8bLtTgNF6iwZYnof-GsKzYX6ZtXzWsC99ekPRn4hx6J2y5vJr5YMWIg63ZPWy8UhVTe3URj-cQTPAupbDNURWu7AsF0z5vafLjVch4EYaToyMyODP5DrrSf4i5y5WkA-a4Oc8_F/s1600/vagalume.jpg"><img style="float: left; margin: 0pt 10px 10px 0pt; cursor: pointer; width: 207px; height: 157px;" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgjhTADa8bLtTgNF6iwZYnof-GsKzYX6ZtXzWsC99ekPRn4hx6J2y5vJr5YMWIg63ZPWy8UhVTe3URj-cQTPAupbDNURWu7AsF0z5vafLjVch4EYaToyMyODP5DrrSf4i5y5WkA-a4Oc8_F/s320/vagalume.jpg" alt="" id="BLOGGER_PHOTO_ID_5614151407193612402" border="0" /></a><span style="font-family:verdana;">Já era tarde da noite, mas, como não parava de insistir, achei que era melhor atender.</span> <span style="font-family:verdana;"><br /><br />- Alô.</span> <span style="font-family:verdana;"><br /><br />- Preciso de um texto.</span> <br /><br /><span style="font-family:verdana;">(Detesto texto de encomenda)</span> <span style="font-family:verdana;"><br /><br />- Sobre o quê?</span> <br /><br /><span style="font-family:verdana;">- Não faço idéia. Mas quero que ele se chame <span style="font-weight: bold;">A arquitetura do Vagalume</span>.</span> <br /><br /><span style="font-family:verdana;">E desligou sem nem um tchau, um boa sorte, nada. Mas minha imaginação nunca se despede, ela não tem modos, sempre foi assim.</span> <span style="font-family:verdana;"><br /><br />Lembro da vez em que, na prova de Redação, no meio de um parágrafo brilhante, ela desapareceu. Eu estava entrando na adolescência, ainda não entendia bem isso, mas ela não pensou duas vezes, quando eu olhei, ela já não estava mais lá, tinha desaparecido.</span> <span style="font-family:verdana;">Como um animal que brilha e de repente apaga, me vi perdido em pleno vôo, cercado de noite por todos os lados.<br /><br />Desde então, por puro medo da escuridão, tenho tentado compreender melhor o funcionamento dessa luz, como é que ela acende e apaga assim no meu corpo, mas resta sempre um mistério no aprendizado dessa arquitetura, um mistério que me precipita no abismo da escrita. </span><br /></div>Diego Rebouçashttp://www.blogger.com/profile/17984348912465427666noreply@blogger.com3tag:blogger.com,1999:blog-7765353990161954391.post-26288332861893584442010-03-01T07:33:00.000-08:002010-03-01T07:46:17.186-08:00Amizade - um rascunho<div style="text-align: justify;">É aquilo né: só a distância proporcionada pelo tempo permitirá que eu veja esse poema com outros olhos e, então, possa apará-lo e lustrá-lo, na tentativa de extrair algum brilho porventura negligenciado até aqui.<br /><br />Mas é que o Edu, do blog <a href="http://pampublikong.blogspot.com/">Pocahontas</a>, fez aniversário no último sábado (27), e queria dedicar alguma coisa. E se deixasse passar muito tempo, perdia a graça. Por isso, aqui está o rascunho de um futuro poema, que esbocei durante este domingo e segunda e que dedico a ele. Tomara que as sujeiras não impeçam a transmissão da mensagem.<br /><br />Internet tem essa dinâmica, né, ela é quente, ela é suja mesmo, ao contrário do poema, que é sempre o que sobra depois do desgaste do tempo.<br /></div><br /><br /><span style="font-weight: bold;">Amizade</span><br /><span style="font-style: italic;">para o Edu</span><br /><br />imensidão azul:<br /><br />catedral de penas brancas,<br />a gaivota anuncia em nós uma oração<br /><br />olhando alto,<br />teus olhos refletiam o ouro<br />do dia<br /><br />e eu, medo do que partia,<br />quis não perdê-lo nunca,<br />mas como?<br /><br />foi quando escolhemos no céu um ponto<br />e cavamos, pressentindo futuras memórias,<br />as mãos sujas de luz<br /><br />onde será que esse dia nos conduz?<br />tua voz perguntou, e nós não soubemos<br /><br />mas ali enterramos o silêncio insondável;<br /><br />para não perder,<br />marcamos com uma nuvem<br /><br />desde então,<br />será sempre assim:<br />não importa onde estivermos,<br />sempre que quisermos encontrar<br /><br />o tesouro<br /><br />basta erguer a cabeça,<br />fechar os olhos e deixar iluminar<br /><br />na nossa imensidão azul<br />a lembrança branca<br /><br />da gaivota e também da nuvem<br />em constante movimento<br /><br /><br /><br /><span style="font-weight: bold;">P.S.:</span> feliz aniversário, Edu!Diego Rebouçashttp://www.blogger.com/profile/17984348912465427666noreply@blogger.com9tag:blogger.com,1999:blog-7765353990161954391.post-3202706951603636042009-12-05T20:44:00.000-08:002009-12-05T21:00:31.321-08:00Necessários - um rascunho<div style="text-align: justify;">Na verdade, Leo, eu criei o Garagem de Palavras para ir rascunhando alguns poemas daquele que eu planejo ser o meu primeiro livro. Mas veja o que é o ser humano: meu perfeccionismo não me deixa exibir rascunhos! Acho todos muito ruins!<br /><br />"Velhice", por exemplo, é um poema acabado. Os outros idem. O único que foge à regra e que serviria ao propósito do blog é aquele rascunhado naquele post que eu intitulei "em construção". Mas não sei, acho ruim. Acho que falta.<br /><br />De todo modo, por causa do seu puxão de orelha, passo para cá uma outra ideia que me surgiu:<br /><br />NECESSÁRIOS<br /><br />fruta inútil<br />a vida pesa<br /><br />pesa até cair<br />no quintal vazio<br /><br />não muito longe,<br />a tarde revira os esqueletos do dia<br />em busca de algum músculo esquecido<br /><br />amanhã<br />fome redobrada<br />dormiremos<br /><br />até que não sejamos mais necessários<br /><br /></div>Diego Rebouçashttp://www.blogger.com/profile/17984348912465427666noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-7765353990161954391.post-22604655588531002842009-09-10T06:38:00.000-07:002009-09-10T06:58:19.703-07:00Velhice<div style="text-align: justify;"><span style="font-family: arial;">Quando é que um poema está pronto? Tem uns que demoram, empacam, a gente fica ali, puxando pelo cabresto, dia após dia, pedindo pro poema deixar de coisa, andar, que ficar parado não adianta, mas não tem jeito: o poema não vai e ponto. E tem outros que são justamente o contrário: vêm quase psicografados, sem muitas arestas. Deslizam da mente para o papel como se fossem um Rolls-Royce fluindo pelas curvas do <span style="font-style: italic;">countryside</span> britânico. Um luxo! Para nós, pequenos burgueses da pequena classe média, muito pouo afeitos à labuta, ao suor, eles são cobiçadíssimos. Esse aqui é um deles:</span><br /><br /><br /><span style="font-family: arial; font-weight: bold;">Velhice</span><br /><br /><span style="font-family: arial;">Quando eu estiver tão velho que for centenário<br />ninguém terá a ideia de comprar<br />tantas velinhas para mim quantos forem os meus aniversários<br />para colocar em cima de um bolo simples<br />feito com carinho e dedicação.<br /><br />Um bolo sem recheios, mas com coberturas e confeitos.<br />Feito com carinho e dedicação.<br /><br />E, despejando as centenárias velas sobre a mesa,<br />uma, duas, seis,<br />trinta e sete, noventa e sete e<br /><br />meu Deus, não é que me venderam errado?<br />Faltam três!<br /><br />E as velinhas sendo colocadas no bolo,<br />lado a lado,<br />numa tal concentração de mãos.<br /><br />E o bolo simples, de cobertura grossa e doce,<br />com noventa e sete velinhas em cima e<br />ninguém percebendo a diferença<br />entre noventa e sete e cem.<br /><br />Ninguém.<br /></span><br /></div>Diego Rebouçashttp://www.blogger.com/profile/17984348912465427666noreply@blogger.com2tag:blogger.com,1999:blog-7765353990161954391.post-72163674590235551522009-09-08T18:49:00.000-07:002009-09-08T19:04:58.372-07:00Sem muita bossa<span style="font-family:arial;">Tem uns poemas, eu até gosto deles, mas acho que não têm valor literário. Esse é um deles:</span><br /><br /><br /><span style="font-weight: bold;font-family:arial;" >Se você disser que eu desafino amor</span><br /><br /><span style="font-family:arial;">Nossa bossa</span><br /><span style="font-family:arial;">cheia de fossa</span><br /><br /><span style="font-family:arial;">Roça roça </span><br /><span style="font-family:arial;">teu barquinho na minha <span style="font-style: italic;">wave</span></span><br /><br /><span style="font-family:arial;">O dia lá fora tão grande!</span><br /><span style="font-family:arial;">a janela nem alcança </span><br /><br /><span style="font-family:arial;">Isso que eu sinto no peito </span><br /><span style="font-family:arial;">é falta de ar ou de esperança?</span><br /><br /><span style="font-family:arial;">depressa</span><br /><span style="font-family:arial;">vem</span><br /><span style="font-family:arial;">me distrai:</span><br /><br /><span style="font-family:arial;">balança balança</span><br /><span style="font-family:arial;">o teu barquinho na minha <span style="font-style: italic;">wave</span></span><br /><br /><span style="font-family:arial;">trovões!</span><br /><span style="font-family:arial;">tempestades! </span><br /><span style="font-family:arial;">clarões!</span><br /><br /><span style="font-family:arial;">Tudo jogo de luz, som e fórmica. </span>Diego Rebouçashttp://www.blogger.com/profile/17984348912465427666noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-7765353990161954391.post-20041916784914326852009-09-07T15:02:00.001-07:002009-09-07T15:05:53.451-07:00um poema de que gosto muito - escrito em agosto de 2009<span style="font-weight: bold;font-family:arial;font-size:100%;" >Travessia</span><span style="font-size:100%;"><br /><br /></span><span style=";font-family:arial;font-size:100%;" >Na falta de terra e água,</span><span style="font-size:100%;"><br /></span><span style=";font-family:arial;font-size:100%;" >construir um poema com areia e sede,</span><span style="font-size:100%;"><br /><br /></span><span style=";font-family:arial;font-size:100%;" >um poema desses que se perde </span><span style="font-size:100%;"><br /></span><span style=";font-family:arial;font-size:100%;" >na imensa solidão das palavras vencidas:</span><span style="font-size:100%;"><br /><br /></span><span style=";font-family:arial;font-size:100%;" >depois de dias sob o sol inclemente,</span><span style="font-size:100%;"><br /></span><span style=";font-family:arial;font-size:100%;" >lutando, tentando, avançando, sem oriente, </span><span style="font-size:100%;"><br /></span><span style=";font-family:arial;font-size:100%;" >finalmente muitas ficam pelo caminho,</span><span style="font-size:100%;"><br /><br /></span><span style=";font-family:arial;font-size:100%;" >esqueletos nos lembrando que </span><span style="font-size:100%;"><br /></span><span style=";font-family:arial;font-size:100%;" >toda travessia é um risco. </span><span style="font-size:100%;"><br /><br /></span><span style=";font-family:arial;font-size:100%;" >Por isso mesmo, </span><span style="font-size:100%;"><br /></span><span style=";font-family:arial;font-size:100%;" >recomenda-se juntar as palavras em comboio</span><span style="font-size:100%;"><br /></span><span style=";font-family:arial;font-size:100%;" >e mantê-las alerta para que nenhum cisco</span><span style="font-size:100%;"><br /></span><span style=";font-family:arial;font-size:100%;" >caia em seus olhos </span><span style="font-size:100%;"><br /><br /></span><span style=";font-family:arial;font-size:100%;" >(na claridade cortante do deserto</span><span style="font-size:100%;"><br /></span><span style=";font-family:arial;font-size:100%;" >o poema é um comboio frágil,</span><span style="font-size:100%;"><br /></span><span style=";font-family:arial;font-size:100%;" >enxerga pouco e é pouco ágil, </span><span style="font-size:100%;"><br /></span><span style=";font-family:arial;font-size:100%;" >qualquer corpo estranho pode ser fatal);</span><span style="font-size:100%;"><br /><br /></span><span style=";font-family:arial;font-size:100%;" >mesmo assim, não importam os avisos,</span><span style="font-size:100%;"><br /></span><span style=";font-family:arial;font-size:100%;" >palavras não resistirão:</span><span style="font-size:100%;"><br /><br /></span><span style=";font-family:arial;font-size:100%;" >aos poucos o corpo do poema será </span><span style="font-size:100%;"><br /></span><span style=";font-family:arial;font-size:100%;" >também um corpo de vazios e de silêncios</span><span style="font-size:100%;"><br /><br /></span><span style=";font-family:arial;font-size:100%;" >e será assim mesmo:</span><span style="font-size:100%;"><br /></span><span style=";font-family:arial;font-size:100%;" >os vazios, os silêncios e as palavras</span><span style="font-size:100%;"><br /></span><span style=";font-family:arial;font-size:100%;" >em companhia e avançando </span><span style="font-size:100%;"><br /></span><span style=";font-family:arial;font-size:100%;" >sem garantias</span><span style="font-size:100%;"><br /></span><span style=";font-family:arial;font-size:100%;" >dia após dia</span><span style="font-size:100%;"><br /><br /></span><span style=";font-family:arial;font-size:100%;" >em meio à solidão.</span><span style="font-size:100%;"><br /><br /></span><span style=";font-family:arial;font-size:100%;" >E quando, fragilizado porém resistente, </span><span style="font-size:100%;"><br /></span><span style=";font-family:arial;font-size:100%;" >a travessia tiver terminado, </span><span style="font-size:100%;"><br /></span><span style=";font-family:arial;font-size:100%;" >terá terminado o poema?</span><span style="font-size:100%;"><br /><br /></span><span style=";font-family:arial;font-size:100%;" >Este, talvez, sim.</span><span style="font-size:100%;"><br /><br /></span><span style=";font-family:arial;font-size:100%;" >Mas, ainda assim,</span><span style="font-size:100%;"><br /></span><span style=";font-family:arial;font-size:100%;" >enquanto houver palavras</span><span style="font-size:100%;"><br /></span><span style=";font-family:arial;font-size:100%;" >(ainda que tantas faltem),</span><span style="font-size:100%;"><br /></span><span style=";font-family:arial;font-size:100%;" >outros poemas virão.</span>Diego Rebouçashttp://www.blogger.com/profile/17984348912465427666noreply@blogger.com1tag:blogger.com,1999:blog-7765353990161954391.post-82642297825107356932009-09-07T07:06:00.000-07:002009-09-07T15:04:17.232-07:00em construção<span style="font-family: arial;">a janela</span><br /><span style="font-family: arial;">o lado de fora</span><br /><span style="font-family: arial;">está tudo escuro</span><br /><br /><span style="font-family: arial;">a noite serve de escudo</span><br /><br /><span style="font-family: arial;">vem, vamos</span><br /><span style="font-family: arial;">rápido que já já a noite amanhece</span><br /><span style="font-family: arial;">e o nosso corpo sem rastro ganha sombra</span><br /><br /><span style="font-family: arial;">vem, vamos</span><br /><span style="font-family: arial;">como dois clandestinos</span><br /><span style="font-family: arial;">pelos cantos, pelas esquinas</span><br /><span style="font-family: arial;">expondo os intestinos</span><br /><br /><span style="font-family: arial;">vem, vamos</span><br /><span style="font-family: arial;">pular o muro</span><br /><span style="font-family: arial;">desafiar o escuro</span><br /><span style="font-family: arial;">com uma gargalhada</span><br /><br /><span style="font-family: arial;">vem, vamos</span><br /><span style="font-family: arial;">passear pelo cemitério às escondidas,</span><br /><span style="font-family: arial;">profanar a cova onde dorme o</span><br /><br /><span style="font-family: arial;">amor</span><br /><br /><span style="font-family: arial;">vem, vamos</span><br /><span style="font-family: arial;">sentir dor</span><br /><span style="font-family: arial;">chegamos tarde demais</span><br /><br /><span style="font-family: arial;">a cova já está vazia</span><br /><span style="font-family: arial;">e a câmera está filmando,</span><br /><span style="font-family: arial;">por isso,</span><br /><br /><span style="font-family: arial;">sorria</span>Diego Rebouçashttp://www.blogger.com/profile/17984348912465427666noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-7765353990161954391.post-27949451214532423122009-09-07T06:51:00.001-07:002009-09-07T06:53:42.262-07:00teste inicial<div style="text-align: center;"><span style="font-family:arial;">escrevo </span><br /><br /><span style="font-weight: bold;font-size:180%;" ><span style="font-family:arial;">BRANCO</span></span><br /><br /><span style="font-family:arial;">sobre fundo preto</span><br /></div>Diego Rebouçashttp://www.blogger.com/profile/17984348912465427666noreply@blogger.com2